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     Nasce esta revista sob o signo do DEVIR, nome e verbo, substância e movimento. Não rejeitando o tempo presente, deseja estar a montante e a jusante da nossa contemporaneidade: a montante, porque procura os princípios (talvez obscuros) do pensamento e da criação; a jusante, porque deseja encontrar a foz onde nos pode levar a razão poética.

     Se Agostinho da Silva perspectivava a criação de um espaço comum de convivência entre as várias culturas ibéricas, esta revista visa contribuir para edificação desse lugar imaterial, onde – com liberdade, audácia e inteireza – se possa exercer, ignorando fronteiras políticas e administrativas, um contrabando de criações e de ideias.

 

     “Um dia iremos mais em frente e seremos uma Comunidade Mundial de Povos de Línguas Ibéricas. Pense só na extensão disto. Veja só quanto mundo”, escreveu o filósofo viajante. Entre a raiz e a copa da grande árvore se institui este projecto. Terá a extensão que a incessante metamorfose permitir.

 

Os directores

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